sexta-feira, março 21, 2008
Primavera
Aqui está um poema dedicado à Primavera, sem dúvida alguma, a minha estação preferida:
GLÓRIA
Depois do Inverno, morte figurada,
A primavera, uma assunção de flores.
A vida
Renascida
E celebrada
Num festival de pétalas e cores.
Miguel Torga
A morte e a vida
Hoje, só hoje, parece-me que o céu se avoluma e se transforma numa onda de fluidez e paciência. Hoje, só hoje, nasce uma nova Primavera, a tal das cem flores adormecidas e dos olhares brilhantes. Hoje e só hoje celebra-se um fim, um olhar, um amor, uma paixão.
Hoje, só hoje, ironicamente, principio e fim de uma alvorada. Hoje, só hoje, a eternidade.
quinta-feira, março 20, 2008
On Chesil beach
On Chesil beach podia ser uma metáfora para todas as palavras e acções que ficam por dizer na nossa vida e pelas consequências que elas acarretam, mas é muito mais... Senti, desde o inicio, uma
empatia e um reconhecimento que nunca antes tinha sentido por um autor e essa empatia foi crescendo à medida que me fui apercebendo da aparente facilidade e brilhantismo com que esta história é contada. A dificuldade de se escrever bem está em precisamente aparentar simplicidade. Esta regra serve para tudo na vida, na verdade tudo aquilo que parece simples é geralmente muito mais complicado, o genial está em fazer parecer simples, coisas extremamente complexas e bem pensadas. Em On Chesil beach, a narrativa está condensada em pouco mais do que 128 páginas e, no entanto, estas valem muito mais do que tantas outras escritas. Para além de explicar a dificuldade de comunicação que, muitas das vezes, as relações enfrentam, dá-nos uma visão geral da sociedade inglesa do início dos anos 60. A todos aqueles que queiram passar um bom bocado, não deixem de ler este livro.
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